sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A Origem do Avião

O desejo de voar é muito antigo, a vontade humana de se ver livre do chão, como as aves. A primeira tentativa ocorreu em um montão antes de Cristo, quando Ícaro recebeu de seu pai um par de asas. Ícaro, que tinha um grande espírito empreendedor, logo percebeu as oportunidades do novo invento e começou a cobrar taxas exorbitantes para que seus amigos dessem uma volta no aparelho. Suas taxas eram tão altas, que, até hoje, seu nome, modificado pelo tempo, é sinônimo de preço alto. Infelizmente, após comer uma feijoada completa, Ícaro resolveu dar um passeio com as asas. O resultado foi óbvio: com o bucho cheio e um sol de meio-dia sobre o cocoruto, Ícaro teve uma bela congestão e morreu em pleno ar. Abriu-se, então um inquérito para investigar a segurança “destas máquinas voadoras diabólicas”, segundo o advogado de acusação. Infelizmente a caixa-preta não resistira a queda de 2000 pés (embora a caixa de papelão pintada de preto não resistisse nem a um vento encanado), o que atrasou as investigações até 1800 e mais um tanto. Nessa época os historiadores perceberam o quanto estávamos atrasados, pois iríamos ao espaço em um século, e tudo o que havíamos conseguido fora um bezerro num balão. Começou, então, a corrida para invenção do avião. O primeiro projeto de avião foi apresentado pelo pomposo Barão de Itararé (lugar até hoje desconhecido por mim). Era um modelo muito belo, cheio de curvas, uma cinturinha, e umas pernas! Que pernas!, e que fazia muitos homens perderem o chão, chegando até mesmo ao mundo da Lua. Mas o projeto foi abandonado pois, além de não ser aerodinâmico, foi repudiado pela ala feminina e seus rolos de macarrão (não que tenhamos medo de apanhar de mulher). Esse projeto só foi revisto em 1950, quando um colecionador, após descobrir os originais do Barão, criou uma revista especializada no tema, e que tinha como intenção inicial incentivar os garotos a construir e brincar com réplicas dos primeiros aviões (daí seu nome, “Play, Boy”). Porém o avião só decolou (desculpem o trocadilho) mesmo durante a Primeira Guerra Mundial, quando começou a ser utilizado como arma de guerra. O mais inapto dos soldados era escolhido para pilotar o avião e lança-lo contra as forças inimigas. Assim, livravam-se do inimigo e do chato. Um dos soldados, porém, percebeu que o avião também poderia ser usado para transportar soldados, armas, mantimentos e tudo o que lhes desse na telha. Dessa forma, o avião não seria apenas uma grande bomba de curta vida útil, mas uma arma tática que poderia ser reaproveitada. Sua idéia fez tanto sucesso que ele foi condecorado e teve a vida poupada, afinal, coincidentemente, ele era o próximo da lista. Portanto, o avião só se tornou um meio transporte pelo desespero de um soldado. Desde então, seu uso só tem crescido, e sua segurança só tem aumentado. é o que afirmou o ministro Nelson Tom Jobim ao autor. "O avião é, atualmente, o mais rápido, cômodo e seguro meio de transporte, mesmo a imprensa afirmando o contrário. As pessoas não precisam temê-lo", disse o ministro, no meio de sua viagem para o Nordeste de carro. De carro pelo prazer de dirigir.

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